12/06/2009

Gritos inaudíveis

Multifacetado pelas angústias do tempo, tenho me apresentado à vida. Numa ordem inversa, dialogo com as intempéries do viver. Gagas ou sussurradas, nem sempre as escuto, palavras malditas.
Foto.

9/20/2009

Navegar


Cravado em meu peito há uma flecha chamada solidão. Sinto falta de uma verdade que atualmente imagino não existir. Verdade de mim.
Foto.

8/05/2009

Transmutações do eu

A vida de um ser é a síntese de todas as expressões. Elas são representadas pelos momentos. Lógica? Nem sempre há. A busca incessante de sentido justifica o emaranhado de pensamentos neste espaço. Não há perdas nem arrependimentos nessa procura. O que resta são certezas pontuais remodeladas pelo caminhar.
Foto.

7/31/2009

Coisas do hoje

Os gestos se repetem nas devidas proporções. A cada dia eles ganham aromas individualizantes. São emancipadores da vontade. Começo a achar que não há limites ao querer. Seus passos sintetizados vestem mascaras coletivizantes. Ecos insatisfatórios são absolvidos como melodias de incompreensão. Não há o que fazer. Viver.
Foto.

7/13/2009

O caminhar

Clique na imagem e amplie para ler. O texto é simples, mas importante para reflexão.

Sobre ele, identifiquei-me rapidamente. Já me peguei diversas vezes fazendo isso. É pequeno, sem dúvida. Por isso, olho para dentro e peço sempre ao Pai que me dê compreensão para caminhar.

6/26/2009

A felicidade no viver

A fugacidade nas obras leva-nos ao vazio latente. Esse vento gélido, soprado pela ausência de significância, intensifica a dormência existencial e provoca uma letargia pulsante. Sinto que a felicidade duradoura está sempre no amanhã. Quanto mais concreta e visionária, mais solidez encontrará no depois. Essa argamassa-conjeturante deverá se alastrar em todos os âmbitos do ser. Dessa forma, estará o homem alicerçando a felicidade no viver.
Foto.

6/22/2009

Fatos do hoje

Na ordem Universal das coisas, existem fatos que não alcançamos a justificação do acontecer. Eles são classificados como superáveis e insuperáveis. Os superáveis são transpostos por atos do querer. Os insuperáveis são companheiros do viver.

Respostas? São muitas em meio a nem uma. É o nosso posicionamento diante deles, os fatos, que moldarão o amanhã. Perante tanta incompreensão, somos nós os intensificadores do doer.

O ser, por natureza, em busca de respostas para os acontecimentos, é um classificador do hoje e, na maioria das vezes, um incompreensor do amanhã. O reflexo de tal postura é a improbabilidade da sua ausência. A dor.
Foto.

Espectros vibracionais

Em minha caminhada, tenho ouvido algumas vezes sobre o poder enérgico e transmutador das cores. A violeta é uma delas. Carrega em si a energia do amor. Entre as vibrações, a maior. E suspeito que o espectro produzido por elas é produtor dos mesmos efeitos, independe de compreensão.

Tenho colocado aqui, no blog, os meus sentimentos. É algo latente. Há momentos em que transbordo de emoção. E tenho percebido que tem crescido em mim esse sentir. Há alguns dias, recebi um selo da Laurem: Selo Violeta. Talvez ele represente um pouco do que coloco aqui, não sei. Apesar da dúvida, fiquei feliz em receber. É sinal de que alguém consegue sentir o que imagino transparecer. Obrigado!

Sobre o indicar, acho muito difícil falar em três blogs, são tantos. Como não tenho como fugir, sugiro:

Minhas Vidas
A Foxy Lady
Rastro de Impressões.

6/14/2009

O florescer do viver

Sempre seremos bobos no amanhã quando não olhamos o antes com a ótica da compreensão. Esse depois, muitas vezes, é observado por nós como destruidor do hoje. Isso nos transforma em escravos do instantâneo. Buscadores do sei lá o que.

Dessa forma, não percebemos, de forma nítida, a beleza oportunizada pelos floresceres do existir. Não sentimos a grandiosidade contida na transmutação da matéria, representada pelas idas e vindas do viver.

Tenho curtido cada momento da minha vida com os sentidos de gratidão. Cada novo momento é uma oportunidade para o depois.
Foto.

5/23/2009

A expansão do sentir

O ser humano, dotado e com pleno funcionamento de suas faculdades sensoriais e mentais, usa, ininterruptamente, a visão como principal discernidor de instantes do viver. É pelos olhos que chegam ao homem as primeiras impressões do meio onde ele se encontra. Todavia, mesmo consciente de sua importância, e por mais óbvio que seja, ao ser ceifada a faculdade visual, o ser depara-se com um novo universo de percepções. Aos que tiverem oportunidade, permitam-se em diversificá-las – as faculdades sensoriais – e degustar novos momentos. Dessa forma, acredito eu, estará você expandindo o perceber.
Foto.

5/18/2009

O labutar

Correr para que? Esta é uma pergunta pulsante e presente em meus dias. A ausência neste espaço faz parte deste correr. Nestes dias, sinto uma força aniquiladora. Um correr sufocante e destruidor de um depois melhor. Então, na falta de uma resposta, resta-me correr do hoje.

Foto.

5/03/2009

A reintegração do ser

Para os buscadores do Eu, o maior vigilante da senda ao encontro da Reintegração é a consciência. Severa por opção, é ela que nos guia entre a multiplicidade de cores em direção à Unidade visual.
Foto.

4/29/2009

Justiça do eu

Passados trinta e quatro anos de viver, buscando esgotar as possibilidades, a vida se apresenta com mais suavidade. Sinto em mim a intensidade do amanhã. Energia latente, criadora. No hoje, esta, incidida em passos pensados e refletidos pela consciência, é canalizada e reordenada. Os impulsos destrutivos do antes são compensados por ações amplificadores da paz. São atos prospectores do amor. Processadores e abonadores do eu.
Foto.

4/28/2009

Dias assim

Tenho observado o tempo passar com olhos do querer. Sozinho, introspectivo e relativamente feliz. Andando no caminho de sempre, no caminho do meio. Sem demasias. Querendo, sem encontrar. Caminhando, sem tropeçar.
Foto.

4/26/2009

O reencontro do viver

Entender as consequências incididas em nossos passos é uma tarefa árdua e praticamente impossível nos desencontros do viver. Sei que a maioria das palavras parecerá pequena perto de determinadas situações, mas quem quer ter um amanhã melhor, como muitos que já se passaram ou que fazem parte da vida de outro ser, é necessário acreditar e materializar os encontros no depois.

É importante ter vontade e visualizar que eles chegarão. E o seu chegará. Um amanhã em que as dores do hoje serão sanadas. Dor, muitas vezes, de não aceitação do estado. Do não vislumbramento de uma situação. Então, pensando nisso tudo, vamos caminhar em direção a uma época vindoura. Onde hoje será uma lembrança. Um aprendizado. Um transmutar num reencontro do viver!
Foto.

PS: Este texto foi publicado inicialmente no Encontros e Desencontros.

4/25/2009

A materialização do sonhar

Sonhar é projetar o concretizar no amanhã. É despertar em si o querer. Muitas vezes associamos a palavra à abstração, é normal. No meu entender, sonhos inalcançáveis estão no plano da não arquitetização do querer.

Os sonhos representados nos desejos do inconsciente, querer por querer, ou por pressões sociais, quem sabe, muitas vezes estão localizados na justificação do viver. É representado pela insatisfação terrena, como se o melhor sempre estivesse no depois ou no outro lado da rua.

Aos que desejam a concretização dos sonhos, é necessário ter a tranquilidade do aceitar e a maleabilidade no querer. Como falei a Avassaladora, sem perder a perspectiva que existe um preço a pagar por eles. Muitos têm um preço muito alto, outros não. Então, se você sonha, corra e viva o seu querer com os pés no hoje, com a sabedoria do ontem e os "meios olhos" no amanhã.
Foto.

4/23/2009

Reflexo de mim

Tu és meu espelho. Em ti, encontro minhas qualidades e irradio meus defeitos. Está em você, ser, o que há de mais belo em mim: o amor.
Foto.

4/22/2009

Enganadores do eu

Falsidades, charlatanismos, enganações, elucubrações... Palavras quase sinônimas. Estas representam extensões de toda miséria existente no mundo. Um crime no Congresso Nacional não é muito diferente dos que são cometidos nas ruas por marginais de baixo cifrão.

Todos eles, os enganadores, querem se dar bem, não importando o preço. Não apenas em busca de dinheiro. Querem consumir cada vez mais. Enquanto isso, o mundo se consome em dores, amplificadas por seus gestos.

Tudo isso vivendo em sincronia diacrônica. Um conflito estapafúrdio do eu entre o todo. Neste contexto, o que prevalece é a dor do outro. Somos vitimadores e vitimados do sistema. Não há como fugir, apenas fazer a nossa parte e a do outro, talvez. Além disso, acreditar que um dia as coisas podem ser diferentes. Nada além, a dor.
Foto.

4/21/2009

O interagir

Viver e exteriorizar pensamentos significa deixar rastros de impressões do existir. O blog é um desses espaços que deixamos pegadas memoriais. A grande vantagem é que elas são acrescentadas e auxiliadas por outros olhares. Adoro absolver outras perspectivas. Cada comentário é um presente. Um acrescentar em mim.
Foto.

4/17/2009

O paradoxo do saber

Adquirir conhecimento é poder ampliar e visionar novos horizontes. Com ele, podemos alterar diversos estágios do hoje. No entanto, não implica melhorar para um todo e muito menos para si. Esse, o conhecimento, é empregado para diversos fins.

Acredito que os impulsos deletérios do saber são inibidores do crescer. Limitadores do eu. As pessoas que vivem egoisticamente do conhecimento acabam atraindo para si um amargor perene. Um fardo carregado, muitas vezes, inconsciente, que pesará no somatório do existir. Um preço alto, quem sabe.

Ao contrário, as que transmutam o saber em causas construtivas possuem em si uma chama propulsora do viver. Irradiam luz. A vontade de viver é maior e os problemas são minimizados pelo olhar.

Os dois gestos propagados, opostos natos e frutos da mesma raiz, são irradiados e amplificados pela postura escolhida. Entre os diversos paradoxos gerados por esse assunto, talvez, o mais pulsante resida na manutenção dessa chama. As encruzilhadas são alcançadas. Ao enxergá-las, a clarividência, intuição latente, talvez seja a melhor arma na hora da escolha. Escolhas do viver.
foto.

As multiunidades do pensar

Pensamentos macros e micros são constantes em nossa vida. Indago-me: qual a maneira mais fácil de pensar? Estes podem ser concretos ou abstratos. Os concretos costumam ser classificados de mais simples ou vice-versa, depende de quem os explana. Os abstratos são os renegados da instantaneidade do viver – tenho a impressão de que os concretos e amplos são os mais palpáveis para maioria.

Para mim, em diversos momentos, o pensar possui a mesma extensão de complexidade e prática. Não que ele seja automatizado, mas, sim, processado, velozmente, com toda hipertextualidade do viver. Sem eufemismos, nem lamúrias. É resolvido com a mesma intensidade da contradição dessas palavras. São expressões sensoriais materializadas em gestos que abarcam algo inexplicável, apenas vivível.
Foto.

4/05/2009

O convir

O mundo é uma convenção. Um convergir de vontades. Pensamento vivo expresso em sua plenitude. São pequenas abreviações como essas que buscam explicar a complexidade das vontades individuais.

Como conviver com outros seres e ser fidedigno aos desejos? Seria esse ato um eterno fingir em prol do bom viver? Acredito, na maioria dos casos, que não. Em uma das possíveis interpretações, poderia ser vista como a maturidade dos desejos. Um estado de latência e malevolência do querer. Um abnegar de si! O existir.

Foto.

4/03/2009

O poder do observar

O poder da observação e a sensibilidade de sentir o próximo é um privilégio para poucos. Todos têm a capacidade de observar. Contudo, a instantaneidade do viver é uma restrição ao olhar.

Aos que veem além do que está impresso nas vias materiais, está impregnada a capacidade de transmutar um estado perene. São eles, com observações pontuais, que rompem o invólucro do ser.

Sinto falta de pessoas assim: dispostas a expor o seu olhar, de debater e redebater tudo outra vez; em acrescentar algo ofuscado por uma visão individual, viciada por anos de existência. A você, de visão ampliada, o meu obrigado.

Foto.

Meme: coisas para fazer antes de morrer

Viver oito vezes mais;
Renascer outras muitas;
Obter respostas que abarquem o viver;
Compreender mais o mundo;
Alcançar a tranqüilidade plena;
Ter oito amigos com blogs para convidar;
Consequentemente, ter onde comentar sobre o meme,
E, por final, ter mais um desejo para completar a lista.

Regras:

* Escrever uma lista com 8 coisas que sonhamos fazer antes de ir embora daqui;
* Convidar 8 amigos de blogs para responder também;
* Comentar no blog de quem nos convidou;
* Comentar no blog dos nossos(as) convidados(as), para que saibam da “intimação”;
* Mencionar as regras.


Esta postagem é a resposta de um meme da Foxy Lady.

2/05/2009

Onde há beleza não existe instantaneidade

Achar algo belo é o mesmo que assumir sua individualidade. O belo é pessoal, mesmo sabendo que existam, por diversos fatores, gostos massificados. A sua formação é lenta e gradual. Não existe instantaneidade no seu fazer. Acostumei-me a ouvir, do meu pai, que sempre onde a natureza opera, ela é lenta e gradativa. Por isso, esperar e atuar de forma harmônica é preciso. Assim, o belo sempre surgirá, dependerá apenas do seu olhar.
Foto.