5/30/2010

Responsabilização reflexa

Desnudo de significados, o homem se apresenta à vida. Nesse momento, o primeiro sopro representa a abstração vívida. São os instantes, sequenciais ou fragmentados, os consolidadores do eu. Durante esse percurso, a formação aflora com o passar dos segundos. São neles que residem nossa responsabilidade nas ações do outro. O ser-presente, de olhar automatizado, adormecido pela engrenagem existencial, digere seus pares nos atos do agora. São juízes vorazes. Classificadores momentâneos, esquecem-se da sua co-autoria nos fatos.
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5/23/2010

Percepções do agora

Com argumentações nem sempre elucubradas, tenho exposto de forma veemente minhas posições. Muitas vezes erradas, não sei, eivadas de posições egocêntricas. Outras, dentro da minha lógica, com pontualidades vividas. São certezas inconstantes metamorfoseadas pelo tempo.

No emaranhado individualizante, tenho perdido forças e me distanciado das certezas do agora. Largo este momento e entro noutro universo, onde jaz o silêncio. Viro um suspeito de mim mesmo para acomodar um novo instante. Os resultados são imprevisíveis, contudo, vivenciar-los-ei.
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5/06/2010

Intervalos de certezas

Há três meses morando em Salvador, tenho vivo intervalos de certezas. Diferentes de todas as outras experiências, tenho vivenciado dias caóticos. O impacto cultural aliado à solidão têm aflorado em mim novas percepções. Suspeito que dias de incertezas melhores virão. Porém, antes desses chegarem, transpiro dores inodoras e exalo gritos mudos.
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