4/29/2009

Justiça do eu

Passados trinta e quatro anos de viver, buscando esgotar as possibilidades, a vida se apresenta com mais suavidade. Sinto em mim a intensidade do amanhã. Energia latente, criadora. No hoje, esta, incidida em passos pensados e refletidos pela consciência, é canalizada e reordenada. Os impulsos destrutivos do antes são compensados por ações amplificadores da paz. São atos prospectores do amor. Processadores e abonadores do eu.
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4/28/2009

Dias assim

Tenho observado o tempo passar com olhos do querer. Sozinho, introspectivo e relativamente feliz. Andando no caminho de sempre, no caminho do meio. Sem demasias. Querendo, sem encontrar. Caminhando, sem tropeçar.
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4/26/2009

O reencontro do viver

Entender as consequências incididas em nossos passos é uma tarefa árdua e praticamente impossível nos desencontros do viver. Sei que a maioria das palavras parecerá pequena perto de determinadas situações, mas quem quer ter um amanhã melhor, como muitos que já se passaram ou que fazem parte da vida de outro ser, é necessário acreditar e materializar os encontros no depois.

É importante ter vontade e visualizar que eles chegarão. E o seu chegará. Um amanhã em que as dores do hoje serão sanadas. Dor, muitas vezes, de não aceitação do estado. Do não vislumbramento de uma situação. Então, pensando nisso tudo, vamos caminhar em direção a uma época vindoura. Onde hoje será uma lembrança. Um aprendizado. Um transmutar num reencontro do viver!
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PS: Este texto foi publicado inicialmente no Encontros e Desencontros.

4/25/2009

A materialização do sonhar

Sonhar é projetar o concretizar no amanhã. É despertar em si o querer. Muitas vezes associamos a palavra à abstração, é normal. No meu entender, sonhos inalcançáveis estão no plano da não arquitetização do querer.

Os sonhos representados nos desejos do inconsciente, querer por querer, ou por pressões sociais, quem sabe, muitas vezes estão localizados na justificação do viver. É representado pela insatisfação terrena, como se o melhor sempre estivesse no depois ou no outro lado da rua.

Aos que desejam a concretização dos sonhos, é necessário ter a tranquilidade do aceitar e a maleabilidade no querer. Como falei a Avassaladora, sem perder a perspectiva que existe um preço a pagar por eles. Muitos têm um preço muito alto, outros não. Então, se você sonha, corra e viva o seu querer com os pés no hoje, com a sabedoria do ontem e os "meios olhos" no amanhã.
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4/23/2009

Reflexo de mim

Tu és meu espelho. Em ti, encontro minhas qualidades e irradio meus defeitos. Está em você, ser, o que há de mais belo em mim: o amor.
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4/22/2009

Enganadores do eu

Falsidades, charlatanismos, enganações, elucubrações... Palavras quase sinônimas. Estas representam extensões de toda miséria existente no mundo. Um crime no Congresso Nacional não é muito diferente dos que são cometidos nas ruas por marginais de baixo cifrão.

Todos eles, os enganadores, querem se dar bem, não importando o preço. Não apenas em busca de dinheiro. Querem consumir cada vez mais. Enquanto isso, o mundo se consome em dores, amplificadas por seus gestos.

Tudo isso vivendo em sincronia diacrônica. Um conflito estapafúrdio do eu entre o todo. Neste contexto, o que prevalece é a dor do outro. Somos vitimadores e vitimados do sistema. Não há como fugir, apenas fazer a nossa parte e a do outro, talvez. Além disso, acreditar que um dia as coisas podem ser diferentes. Nada além, a dor.
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4/21/2009

O interagir

Viver e exteriorizar pensamentos significa deixar rastros de impressões do existir. O blog é um desses espaços que deixamos pegadas memoriais. A grande vantagem é que elas são acrescentadas e auxiliadas por outros olhares. Adoro absolver outras perspectivas. Cada comentário é um presente. Um acrescentar em mim.
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4/17/2009

O paradoxo do saber

Adquirir conhecimento é poder ampliar e visionar novos horizontes. Com ele, podemos alterar diversos estágios do hoje. No entanto, não implica melhorar para um todo e muito menos para si. Esse, o conhecimento, é empregado para diversos fins.

Acredito que os impulsos deletérios do saber são inibidores do crescer. Limitadores do eu. As pessoas que vivem egoisticamente do conhecimento acabam atraindo para si um amargor perene. Um fardo carregado, muitas vezes, inconsciente, que pesará no somatório do existir. Um preço alto, quem sabe.

Ao contrário, as que transmutam o saber em causas construtivas possuem em si uma chama propulsora do viver. Irradiam luz. A vontade de viver é maior e os problemas são minimizados pelo olhar.

Os dois gestos propagados, opostos natos e frutos da mesma raiz, são irradiados e amplificados pela postura escolhida. Entre os diversos paradoxos gerados por esse assunto, talvez, o mais pulsante resida na manutenção dessa chama. As encruzilhadas são alcançadas. Ao enxergá-las, a clarividência, intuição latente, talvez seja a melhor arma na hora da escolha. Escolhas do viver.
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As multiunidades do pensar

Pensamentos macros e micros são constantes em nossa vida. Indago-me: qual a maneira mais fácil de pensar? Estes podem ser concretos ou abstratos. Os concretos costumam ser classificados de mais simples ou vice-versa, depende de quem os explana. Os abstratos são os renegados da instantaneidade do viver – tenho a impressão de que os concretos e amplos são os mais palpáveis para maioria.

Para mim, em diversos momentos, o pensar possui a mesma extensão de complexidade e prática. Não que ele seja automatizado, mas, sim, processado, velozmente, com toda hipertextualidade do viver. Sem eufemismos, nem lamúrias. É resolvido com a mesma intensidade da contradição dessas palavras. São expressões sensoriais materializadas em gestos que abarcam algo inexplicável, apenas vivível.
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4/05/2009

O convir

O mundo é uma convenção. Um convergir de vontades. Pensamento vivo expresso em sua plenitude. São pequenas abreviações como essas que buscam explicar a complexidade das vontades individuais.

Como conviver com outros seres e ser fidedigno aos desejos? Seria esse ato um eterno fingir em prol do bom viver? Acredito, na maioria dos casos, que não. Em uma das possíveis interpretações, poderia ser vista como a maturidade dos desejos. Um estado de latência e malevolência do querer. Um abnegar de si! O existir.

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4/03/2009

O poder do observar

O poder da observação e a sensibilidade de sentir o próximo é um privilégio para poucos. Todos têm a capacidade de observar. Contudo, a instantaneidade do viver é uma restrição ao olhar.

Aos que veem além do que está impresso nas vias materiais, está impregnada a capacidade de transmutar um estado perene. São eles, com observações pontuais, que rompem o invólucro do ser.

Sinto falta de pessoas assim: dispostas a expor o seu olhar, de debater e redebater tudo outra vez; em acrescentar algo ofuscado por uma visão individual, viciada por anos de existência. A você, de visão ampliada, o meu obrigado.

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Meme: coisas para fazer antes de morrer

Viver oito vezes mais;
Renascer outras muitas;
Obter respostas que abarquem o viver;
Compreender mais o mundo;
Alcançar a tranqüilidade plena;
Ter oito amigos com blogs para convidar;
Consequentemente, ter onde comentar sobre o meme,
E, por final, ter mais um desejo para completar a lista.

Regras:

* Escrever uma lista com 8 coisas que sonhamos fazer antes de ir embora daqui;
* Convidar 8 amigos de blogs para responder também;
* Comentar no blog de quem nos convidou;
* Comentar no blog dos nossos(as) convidados(as), para que saibam da “intimação”;
* Mencionar as regras.


Esta postagem é a resposta de um meme da Foxy Lady.