9/19/2011

Coordenadas paralelas

Depauperado no mundo, circundado por instantes que inspiraram ações descompassadas, ele tem refletido cores torpes. Unidos por finitudes, vão percorrendo um infinito obnubilado, vivenciando instantes indigeríveis do querer. São desejos plenos de um agora. Coletivo, inexato e depois.
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8/13/2011

Ambivalência do possível

Viver é de uma ambivalência simplificadora que passamos pela vida sem nem perceber. Respirar, decidir, compartilhar e andar estão entrelaçados em instantes ensurdecedores. Tudo ao mesmo tempo, compartilhado com outros instantes vívicos. Múltiplas possibilidades transformadas em uma escolha. E você, já fez a sua?
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7/10/2011

Um olhar no querer



Insuflo quereres vindouros em busca de momentos arquétipos. Para isso, há muito tempo tenho pisado no agora com olhos do amanhã. Não padece, mas é. É um momento de desgaste, emulado por atos autômatos. Descompassados atos. Microscópico momento, perante a balbúrdia vigente.
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3/29/2011

A perpetuação do ser

A família é um laboratório para vida. É ela que nos prepara para o amanhã. Nela, desenvolvemos e experienciamos um emaranhado de sentimentos. A partir disso, podemos colocar em prática com todos os seres existentes o maior, a síntese, de todos os sentires: o amor.

Há tempo me questiono porque essa experiência, na prática, não é ampliada. O que vejo são vivências segregadoras. Na maioria das vezes, os filhos são criados como fruto. Dando continuidade a um rito incessante. Um filho deveria ter a função social? O questionamento reflete uma convicção: a possibilidade de formar um ser melhor, capaz de querer, fazer, um mundo melhor.

Conscientes ou não, é fato que estamos preparando nossos filhos para o mundo, para sua sobrevivência/existência. Nem sempre os pais estão conscientes disso. Formam suas crias no sono existencial, automatizados pelos instantes da vida. Cada um usando sua compreensão, a formação que teve, para fazer o melhor.

Com isso, criamos seres segregadores, que elegem os preteridos. Neste contexto, questões pontuais surgem: a família sempre está em primeiro lugar? Há diferenças entre os seres? A sua dor é menor do que a do outro? Dentro do universo existencial, essas micro-individualizações, que são as famílias, saqueiam uniões mais amplas e legitimam a exclusão de outros.

É importante que fique claro que não estou defendendo o fim da instituição. Milito pela reflexão do ato, como também pela ampliação dos laços. Todos têm a ganhar.
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2/02/2011

Relativizando as escolhas

No ciclo existencial, existem coisas classificadas como boas e más. Baseados em crenças, vivemos em busca das melhores. Os artifícios são diversos, não importando, muitas vezes, o preço a ser pago. Honestidade, compromisso e desprendimento deveriam ser alguns dos ideais norteadores dessa busca. Infelizmente, ou felizmente, os conceitos são relativizados pela compressão individual.
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1/29/2011

A improbabilidade no amanhã

A diversidade dos momentos na existência me deixa confuso. O que ontem era impensável, hoje pulsa nos segundos da vida. Planejamento nem sempre há. Neste contexto, entre as limitações para lidar com esses instantes, busco entender o depois.
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1/02/2011

Generalizações nem sempre possíveis

Finais, dias de Bahia (Salvador). Minha jornada nessa terra sui generis está próxima de encerrar. Não há nada igual no País. Existe, por essas bandas, um pulsar “desejótico” desordenado. Os encontros destes geram o caos. Tudo acontecendo em um emaranhado de quereres, onde o mais veloz leva vantagem sobre todas as outras formas de vontades.

Entre as diversas consequências dessa exacerbação de desejos, a convivência entre os pares, em alguns momentos, é caótica. Sensações? São diversas. Uma bastante forte, corrijam-me caso achem que estou errado, é que o estado é ausente. Ausente na coerção e na educação das práticas para o convívio social. Existe, também, uma disparidade social e econômica, semente cultural da individualização/segregação corriqueira, gritante entre a população.

Exemplos? São muitos! As leis de trânsito é a lei do eu. Filas? Nem sempre há de se respeitar. Violência? Faz parte do cotidiano da maioria das pessoas. E assim a população vai vivendo entre sorrisos e gritos, contrastando com a alegria e a vibração impar das pessoas. Tenho dificuldade em destacar qual dos problemas ganham maior evidência. No final das contas, o período da estada foi de crescimento e aprendizagem.
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