10/05/2007

Datas: para que?

Quantas vezes rejeitei datas e fui incompreendido por não parabenizar ou fazer parte de comemorações. Sempre achei, e justifiquei, que todos os dias deveriam ser comemorados. Sejam casamentos, natais, dia dos pais, crianças e seja lá o que for. Até aniversários – que é uma das poucas datas “verdadeiras” - eu fiz questão de esquecer.

Hoje, com um pouco mais de idade tenho buscado explicações a essa negação. Talvez, de forma inconsciente, tenha rejeitado as datas por ter passado por alguma situação traumática. Talvez não. Também pode ser que devido a minha exacerbada racionalidade eu rejeite esse tipo de sistema (manipulador?). Não sei mesmo.

O certo é que sempre achei que todos os dias deveriam ser comemorados. E quando falo todos os dias não proponho uma festa ou uma vida em função de comemorações e lembranças.

Devemos comemorar quando lembrarmos do ser. Comemorar a alegria do viver. De passar e lembrar do outro com pequenos gestos. Com palavras. Um pequeno e-mail – um email direcionado, seu, sem Re. E por aí vai. Parece ser um pouco utópico, mas sonhar é preciso. Sem ele – o sonho –, não existirá mais esperança.

Difícil é viver contra todo um sistema que lhe oprime.

2 comentários:

Dani disse...

Concordo!

Lis. disse...

Quando determina-se datas visando comemorações, trava-se a leberdade dos sentimentos. Leve e solto é o amor na plenitude de sua essência. Bom é saber viver administrando-se neste mundo em que vivemos. O fato é que ainda, a maior distância do ser humano, continua sendo a que vai da mente ao coração.